A arte em
Portugal: o gótico-manuelino e a afirmação das novas tendências
renascentistas
O renascimento é
um fenómeno contemporâneo dos Descobrimentos e desenvolveu-se em intima ligação
com a empresa ultramarina nacional. Todavia, a arte renascentista só tardiamente
chega a Portugal e, de início, apenas através de elementos decorativos
associados às estruturas do gótico final. No nosso País, porém, este estilo
desenvolveu características ornamentais próprias, definindo entre finais do
século XV e inícios do século XVI, uma arte frequentemente denominada como
manuelino ou gótico-manuelino.
O Estilo
manuelino, por vezes também chamado de gótico português tardio ou
flamejante, é um estilo decorativo, escultórico e de arte móvel que se
desenvolveu no reinado de D. Manuel I e prosseguiu após a sua morte,
ainda que já existisse desde o reinado de D. João II. É uma variação portuguesa
do Gótico final,
bem como da arte luso-mourisca ou arte mudéjar, marcada por uma sistematização
de motivos iconográficos próprios, de grande porte, simbolizando o poder régio.
Incorporou, mais tarde, ornamentações do Renascimento italiano. O termo "Manuelino" foi criado por Francisco Adolfo Varnhagen na sua
Notícia Histórica e Descriptiva do Mosteiro de Belém, de 1842. O Estilo desenvolveu-se numa época propícia da
economia portuguesa e deixou marcas em todo o território nacional.
WKIPÉDIA
O gótico Manuelino
A arquitectura do
gótico-manuelino integra-se no modo típico de construção do gótico e desenvolve
a tendência da arte final deste estilo para a descompartimentação e
homogeneização dos espaços interiores. Esta característica explica a preferência
típica do manuelino pelas igrejas-salão.
No campo
decorativo, a representação da natureza expressa-se por ornamentações de
carácter realista onde a demonstração vegetalista aparece frequentemente de
forma exuberante, como se pode verificar nas obras mais importantes do
manuelino: janela da Sala do Capitulo do convento de Cristo (c. 1510), em Tomar,
Mosteiro dos Jerónimos, com especial destaque para o magnifico portal da igreja,
arcada do claustro de D. Manuel no Mosteiro da Batalha ou ainda na Torre de
Belém.
O exotismo que
transparece na representação de animais, flora e seres humanos estranhos, no
qual alguns pretenderam ver a especificidade bem portuguesa do manuelino,
aparece episodicamente. O seu principal significado estará na procura do
diferente e do novo, na pretensão nacionalista de se distinguir
dos modelos estrangeiros, transportando para o espaço nacional elementos que
faziam parte do quotidiano das viagens e dos encontros civilizacionais no
Império Português. Por outro lado o facto de o gótico-manuelino se ter
desenvolvido, quase sempre, sob a tutela da coroa explica a utilização de
elementos decorativos associados ao objectivo da exaltação da monarquia de
direito divino, como a esfera armilar, ou ainda o profundo sentido místico que
emana das imagens sacras, em particular da Virgem, transformada por D. Manuel I
numa espécie de símbolo régio.
FOTOS LÍDIA FRADEPELOS CAMINHOS DE PORTUGAL
Excelente post, as fotografias estão "5 estrelas", meus parabéns.
ResponderEliminarBeijinhos
Maria
OBRIGADO MARIA É COM MUITO GOSTO QUE A VEJO POR AQUI!!!
EliminarUMA BOA SEMANA!!!
1 BEIJO LÍDIA
Gostei muito das fotos.
ResponderEliminarAté na arte os portugueses foram bons e criaram o seu próprio estilo.
A beleza das fotos completa-se com as explicações da arte Manuelina.
OBRIGADO LUÍS!!!
EliminarNA VERDADE TENTO MOSTRAR UM TRABALHO DIGNO!!!
OBRIGADO PELO COMENTÁRIO ELOGIOSO!!!
ATÉ SEMPRE LÍDIA