sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

"CANTAROLANDO" DUAS CANÇÕES QUE FIZERAM PARTE DO FESTIVAL!!!


CANÇÕES DO RIBATEJO

Nos meus tempos de veluntariado, como animadora cultural, fiz um trabalho de recolha, de músicas, cantigas e cantares, gravadas em cassetes em que algumas pessoas da aldeia de Vila Nova do Coito participaram.
Ficando na época entregue a elementos fundadores do grupo, ou ensaiadores.
Poderei referenciar apenas um nome de quem participou, nestas duas que aqui vou colocar, sei que me foram ensinadas pela senhora Maria Candida Leitão, algumas dessas cantigas já tinham feito parte do Rancho de Folclore da aldeia.
Aqui serviram para o arranque do grupo de cantares iniciado com crianças, ensaiadas por mim, e concorrentes, ao “CANTAROLANDO” com organização da Câmara Municipal de Santarém, incluído no programa da Feira Nacional da Agricultura,
Concorrendo o 1º ano com a canção, “Janela Pau de Pinho” e no 2º ano com a canção “Rita da Carcanhola” das quais aqui vos deixo as letras, para uma futura memória.

JANELA PAU DE PINHO

Janela pau de pinho
Pau de pinho, é uma janela………..repete

Quem me dera agora ver
A menina que está nela……………repete

Tenho uma foice velhinha
Que me deu o meu avô…………repete
 
Já o meu pai foi criado
Com o pão que ela ceifou…………….repete

Janela pau de pinho
Pau de pinho, é uma janela………..repete

Quem me dera agora ver
A menina que está nela……………repete

Ainda agora aqui cheguei
Logo me pus a cantar…………….repete

Na esperança de ser ouvida
P`lo meu amor ao chegar………….repete


Repete-se sempre o refrão, de cada vez que se vai acrescentando uma quadra.





RITA DA CARCANHOLA

Mandei fazer um vestido
Lá lá lá lá, lá lá lá lá lá lá lá
À Rita da Carcanhola
À Rita da Carcanhola

O vestido já está pronto
Lá lá lá lá, lá lá lá lá lá lá lá
Só lhe falta pôr a gola
Só lhe falta pôr a gola

Delicado é o trigo
Lá lá lá lá, lá lá lá lá lá lá lá
Que até da folha faz laço
Que até da folha faz laço

Se pensavas enganar-me
Lá lá lá lá, lá lá lá lá lá lá lá
Contigo vai o embaraço
Contigo vai o embaraço

Verdizela é uma erva
Lá lá lá lá, lá lá lá lá lá lá lá
Que se eleia pelo trigo
Que se eleia pelo trigo

Se eu fosse verdizela
Lá lá lá lá, lá lá lá lá lá lá lá
Eu me eleava contigo
Eu me eleava contigo


Cantiga de roda………popular


Trabalho e Pesquisa de Lídia Frade


quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A MINHA HISTÓRIA ROMANTICA E CIGANA.....POR TERRAS RIBATEJANAS!!!

 ESTAS DUAS FOTOS FORAM FEITAS POR MIM QUANDO CIRCULAVA ALGUNS TEMPOS ATRÁS, NA ROTUNDA DO FINAL DA CALÇADA DO MONTE
À MUITOS ANOS..... TINHA EU DESDE CRIANÇA, UMA IDEIA MUITO ROMANTICA SOBRE  O POVO CIGANO!
CONFESSO..... HOJE MESMO QUE NÃO TENHA A MESMA MANEIRA DE VER AS COISAS, AO ENCONTRAR ESTES CIGANOS CAMINHANDO EM SANTARÉM, DE CARROÇA, COM SEUS TERES E AVERES, MESMO EU CONDUZINDO, MESMO CIRCULANDO NA ROTUNDA, NÃO RESISTI A REGISTAR EM FOTOS QUE AQUI FAÇO ACOMPANHAR, DA MINHA HISTÓRIA ROMANTICA!!!

OS CIGANOS

Ali, naquele local, era o vale das caneiras, havia muito mais coisas sem ser caneiras, era certo mas, como a avó Quina dizia… “onde havia caneiras, também havia água,” e era precisamente esses dois elementos, que os ciganos precisavam, ali naquela época nos anos sessenta.
Tudo isto acontecia, quando os ciganos se deslocavam em carroças, com todos os seus haveres, quando ainda não tinham casas, e armavam a sua tenda, feita com as carroças, e alguns panos ou cobertores, acampavam em qualquer lado, e ali perto das hortas, onde havia de tudo para cozinhar, e a bendita água, mais ainda, as caneiras, era portanto um local abençoado.
No inicio do Outono, as canas estavam pois, boas para o corte. Por essa altura apareciam também, as caravanas, das grandes famílias de ciganos, que acampavam perto da estrada, no olival do Senhor Coronel. Pediam para cortar as canas, ou outros nem se davam ao trabalho de o fazer, achavam-se já os donos das caneiras, e assim depois faziam cestas.
Apanhavam-nas, limpavam-nas, de todas as folhas fios e folhagens, logo, toda essa folhagem servia também, para alimentarem os burros, e os animais que faziam parte da caravana. Cortavam as canas, no sentido do comprimento, todas às tirinhas, depois, delas faziam toda a espécie de cestos, e até açafates, com asas, sem asas, redondos, ovais, grandes ou pequenos, dependendo da habilidade, e criatividade de cada artista, mas sempre com as canas verdes para poderem moldar.
Ficavam por ali alguns dias a fazer os cestos, até chegar o tempo da Feira da Piedade. Depois, carregavam de novo tudo nas carroças, e aí iam eles em caravana, a caminho da feira, várias carroças, vários burros, e os cestos atados no cimo das carroças, faziam uma linda vista, e grande cortejo, tudo caminhando em direcção a Santarém, com o seu produto de venda, para ajudar a algumas despesas.
 Era normal serem só os pequenitos, ou alguém com muita dificuldade, a ter lugar nas carroças, tal a carga com todos os seus haveres, que eram poucos – mas, já muitos para transportar nas suas carroças - os colchões e mantas, panela e pratos, o cântaro para água, todos os utensílios, mais necessários para a sua vida.
Até os cães, caminhavam com os donos em cada etapa das suas viagens errantes, e como todos os outros seres capazes, iam seguindo assim a pé, acompanhando as carroças. E lá partiam, mas não sem antes oferecerem algumas cestas, pelo agrado à cedência das canas ou de algumas coisas mais que os vizinhos, já para alguns, conhecidos, lhes teriam oferecido para comerem.

LÍDIA FRADE em A FAZENDA ONDE VEIO A LUZ AO MUNDO

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

CAVADOR QUE ME DEU VIDA!!!

ESTE POEMA FOI ESCRITO NA CHARNECA RIBATEJANA, HOMENAGIANDO  OS CAVADORES DOS ANOS 60!!!


CAVADOR QUE ME DEU VIDA

A vida que passou, hoje é lembrada
Por essas letras, que ele não sabia ler
São a homenagem a uma geração passada
Que me criou, e que eu amo a valer.

Ao sol ardente, puxando pela enxada,
Faziam coro, numa cantada lenta.
O cavador fazia a sua toada
Cortava a terra, e a deixava desfeita.

Pelas encostas o seu eco se ouvia
Na raiva surda, de uma vida tão amarga…
Vales profundos…
Sua força se perdia, pelo pão da vida
E pelos seus que tanto amava.

O suor que lhe correu, secou seu rosto
Rugas profundas, como na terra ele rasgou,
Amor de filho, à mãe, com tanto gosto…
À terra mãe, que na morte o embalou.

 POEMA LÍDIA FRADE em UMA PEDRA no CHARCO Refugio

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

VOLTAR A ESCREVER, NA CHARNECA RIBATEJANA!!!

POEMA ESCRITO AQUI, NESTE LOCAL...OU COM ESTA VISTA NA FRENTE, ONDE TAMBÉM À RÃS NO RIBEIRO DO VALE, ENTRE MONTES DE PEDRA SECA, PELA CHARNECA RIBATEJANA!!!



VOLTAR

Ao silêncio dos silêncios
Compacto duro pesado.
Onde se sente
O peso que não existe,
Quando o silencio é protegido
Pelo cimento armado
Dentro de paredes duplas
E de vidro redobrado.

VOLTAR

Mas, onde o conforto bloqueia
O canto das rãs no charco
Os pássaros a chilrear
Os poéticos sons
Da natureza no ar.

Mas, como é bom voltar!
A desfrutar, a sentir
Um pleno raiar de um Verão
Sentada ali, pelo chão.
Ou num portal esperar,
Que o sol se vá,
No seu lindo mergulhar.

LÍDIA FRADE em AMOR ETERNO Interregno e Silêncio

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

SANTARÉM CIDADE ANTIGA






SANTARÉM

CIDADE ANTIGA               3º Lugar de letra e musica
                                               Concurso VAMOS CANTAR 

Santarém, cidade antigo
Eu vejo em ti mocidade
Um dia talvez te lembre
Com saudade
Becos, vielas escondidas      
Pedras lisas que pisei
Velha Fonte das Figueiras
Que tanto dela gostei.

Tens nomes de ruas
Que são expressões de um povo
Beco das Atafonas
Que um dia foi novo
Escadinhas do Milagre
Lembranças tão belas
Dos meus verdes anos
Sempre quero telas.


Talvez uma formosa
Que seu nome deixou
Na travessa da Mónica
Que alguém adorou,
E para descansar
O teu corpo dorido
Na rua das Esteiras
Tiveste um amigo.


Em tua simplicidade
Travessa dos Tanoeiros
Porque te deram tal nome
E também aos Pasteleiros,
Foi lembrando alguém
Que um dia foi querido
Travessa das Figueiras
Orgulho de povo antigo.

 LÍDIA FRADE

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

NINHOS DE CEGONHAS.... PELOS CAMINHOS DO RIBATEJO

ESTRADA DO CAMPO.... VIA VALE DE SANTARÉM VALADA!!!


SÓ NESTA FOTO CONSEGUI APANHAR E FOTOGRAFAR 6 NINHOS DE CEGONHA!!!

A CAMINHO DE VALADA, NA DESCOBERTA DE NOVAS FOTOS!!!
PELOS CAMINHOS DO RIBATEJO!!!



 AS CEGONHAS DO RIBATEJO COM DIREITO A PALACETE PARA MORADIA E PROCRIAÇÃO!!!







 AS RUÍNAS DO PALACETE DAS CEGONHAS, COM SUPER NINHO!!!


 TODAS AS IMENSAS CHAMINÉS DESTA CASA AGRÍCOLA, EIS PALACETE FAMILIAR!!! 
 ATÉ NAS RUÍNAS, AS CEGONHAS CONTINUAM A CRIAR VIDA!!! 

PELOS CAMINHOS DO RIBATEJO FOMOS ESPREITANDO OS NINHOS DE CEGONHAS