ESTE POEMA FOI ESCRITO NA CHARNECA RIBATEJANA, HOMENAGIANDO OS CAVADORES DOS ANOS 60!!!
CAVADOR QUE ME DEU VIDA
A vida que passou, hoje é lembrada
Por essas letras, que ele não sabia ler
São a homenagem a uma geração passada
Que me criou, e que eu amo a valer.
Ao sol ardente, puxando pela enxada,
Faziam coro, numa cantada lenta.
O cavador fazia a sua toada
Cortava a terra, e a deixava desfeita.
Pelas encostas o seu eco se ouvia
Na raiva surda, de uma vida tão amarga…
Vales profundos…
Sua força se perdia, pelo pão da vida
E pelos seus que tanto amava.
O suor que lhe correu, secou seu rosto
Rugas profundas, como na terra ele rasgou,
Amor de filho, à mãe, com tanto gosto…
À terra mãe, que na morte o embalou.
Homenagem bem merecida.
ResponderEliminarUm abraço.
OBRIGADO SÃO!!!
EliminarDESEJO-LHE UM LINDO FIM DE SEMANA!!!
1 BEIJINHO LÍDIA
Minha amiga um poema de grande sensibilidade, uma homenagem linda.
ResponderEliminarBom fim de semana
Beijinhos
Maria
OBRIGADO MARIA PELA VISITA E APOIO!!!
EliminarELES MERECEM!!! SER LEMBRADOS, POR TANTAS FORMAS DE POBREZA E PELO TRABALHO DURO DE ENTÃO!!!
BOM FIM DE SEMANA!!!
1 BEIJINHO LÍDIA
Tenho um enorme respeito por todos os que trabalham a terra. Curvados para ela, sabem que só o tempo lhes dará o fruto.
ResponderEliminarBeijo
È ISSO LINDA ACÁCIA!!!
EliminarE NESSES ANOS DE POBREZA AINDA MAIS!!! ERAM ELES QUE FAZIAM TUDO!!! NÃO HAVIA AS MÁQUINAS, E ERA TUDO CULTIVADO!!!! HOJE NEM COM MÁQUINAS!!!
OBRIGADO PELA VISITA E LEITURA!!!
1 BEIJO
LÍDIA
Bom dia Lídia, que linda homenagem, sacra pessoas que já deram suor para nós hoje podermos estar aqui... bjs tenha uma otima semana...
ResponderEliminarBOA TARDE LOIVARECE
EliminarÉ UM GOSTO VÊ-LA POR AQUI A LER OS MEUS ESCRITOS!!!
É UM FACTO BEM MERECIDO!!! OBRIGADO!!!
1 BEIJINHO LOUVARICE
ATÉ SEMPRE
LÍDIA
(obrigado pelo apoio em forma de comentário,lembrei-me que Lídia já ter sido mencionada por mim nalguma poesia (outra além da de de Ricardo Reis)) abraço de Jorge Santos
ResponderEliminarCometi de todos e dos mais bárbaros crimes,
De Baltimore a Dar-es-Salam,
Entre Damasco, Cairo e Jerusalém,
Não sei nem quantos escarros eu cuspi de desdém,
Se tudo o que fiz foi acto de fé sem Juiz,
Passageiro de Metropolitano tempo,
Ou Meretriz no reino da Etióquia,
È curta e rude a eira em que me deitei,
Meu coração passou não muito ao largo disto tudo,
Da ilha de py, no Egeu, onde alguém espera por quem o salve, de si mesmo.
Na Lídia do Pégaso, aonde mora a tarde extravagante de pã,
Ou na umbria Skye, d’onde logro no escuro a barca da noite.
Estive onde nunca de noite fui e aí fiquei,
Em todos os topos picos, todos os portos e brancas praias
Do globo e calotes polares, do norte errado,
No rumor do mar jónico, ao encarnado,
O corpo trago, ainda preso a uma paliçada,
Feita dessa armadura eriçada de espinhos, dum Cristo,
A um falso obelisco, para me não lembrar q’isto,
D’en vão sonhar, não é sonho nem é nada,
E não vou orar a’outra rosa cálida, onomástica
Ou triste e apagar o q’aqui nest’alma é palio vestígio,
Frágil… frágil navio de Mar solto,
Frágil e curto.
Por vezes acordo de repente,
Sem saber como preencher os espaços em branco,
No corpo mau, é certo…
Mas a nau d’fogo, que consumirá meu espírito, velejará pra’sempre
Sinto-o…sinto-o no meu sangue quente
Jorge Santos (01/2011)
http://joel-matos.blogspot.com
OBRIGADO JORGE PELA VISITA AO MEU CAVADOR!!!
EliminarOBRIGADO PELO SEU POEMA ONDE A LÍDIA FAZ FIGURAÇÃO COM PÉGASO!!!
VOLTE SEMPRE LÍDIA
Que lindo!Que saudades desses tempos. BEIJOS AMIGA.
ResponderEliminarObrigada pela visita querida Maria!!!
EliminarÈ bom saber que gostou do meu cavador!!!
1 beijinho minha amiga!!!
Lídia