quarta-feira, 9 de novembro de 2011

RIO MAIOR - A EXPLORAÇÃO DE CARVÃO MINERAL

A chaminé da mina do Espadanal mede cerca de 70 metros e tem uma base geométrica poliédrica (não circular). É uma obra de arte única em toda esta vasta região. Pode ser avistada a muitos quilómetros de distância. É um ponto de referência em altitude para pequenas aeronaves. A mina de Rio Maior foi um grande projecto nacional que obteve êxito na integração, solidariedade, independência moral e material de portugueses desfavorecidos oriundos dos mais diversos pontos do território.
Os primeiros registos de carvão em Rio Maior datam dos anos 1915-1916. O jazigo foi explorado de forma intermitente até à Segunda Guerra Mundial, quando, face à grave escassez de combustíveis, foi considerado reserva nacional. Iniciou-se então um período de avultados investimentos públicos na construção de estruturas e na adaptação do jazigo a uma exploração intensa.A mina funcionou em pleno entre os anos 40 e 50, em virtude da grande falta de combustíveis durante a 2ª Guerra Mundial. Para Rio Maior vieram muitos mineiros de outros pontos do país,em tempos uma fonte de riqueza do concelho, chegando a empregar mais de 1500 pessoasos quais em grande parte acabariam por ficar aqui, deixando descendentes que hoje são comuns cidadãos riomaiorenses.De resto, a empresa mineira (EICEL), nos anos cinquenta e sessenta chegou a ter um ramal ferroviário privado até ao Vale de Santarém, para o transporte do carvão. O antigo cais da mina situava-se no pavilhão onde actualmente funcionam as duas feiras anuais de Rio Maior (o actual Pavilhão Multiusos foi construído sobre este mesmo cais).
     
A extracção de carvão acabou e hoje o edifício industrial está ao abandono, servindo de local de armazenamento de velharias da autarquia riomaiorense, que adquiriu o espaço há cerca de seis anos e até hoje não lhe deu outro destino.

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