sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

CONTO DE NATAL....A CURVA DO CABRITO!!!

MEUS DESEJOS DE BOAS FESTAS PARA TODOS OS AMIGOS CONHECIDOS E FAMILIARES!!!







A CURVA DO CABRITO






A preparação, ou o tempo que antecede a noite de Natal, por muitas dificuldades que se possam estar a atravessar, cada um com a sua história de vida, poderá passar a ser sempre um conto de Natal.


Até o mais simples Natal, pode ter muita poesia, muito amor, e uma bela história!


Pode até ser uma história, com um momento de grande risco, que controlado, passou apenas a ser, uma passagem ao caricato, ao gozo, ou ainda, á graça de relembrar o momento critico.


Foi na noite de Natal do ano passado!


Lisboa, cidade onde muitas pessoas exercem a sua profissão, contudo, tem sempre a sua terra, lá na província, de onde um dia saíram para trabalhar, perto ou longe, é Natal, data de reunião de comemoração familiar, passar a ceia de Natal juntos, tios e tias, avós, pais, filhos e netos.


Em casa, em Lisboa, na véspera da véspera, temperasse o cabrito num bom tempero, preparasse mais algumas iguarias, na manhã da véspera, metesse o cabrito e toda a sua marinada no forno, depois algumas batatinhas e até castanhas, depois do tempo preciso para o assado, só pode estar uma delícia de borrego.


Após um grande dia de trabalho, e os últimos preparativos, chegou a hora de rumarem até á província ao encontro do jantar familiar, era ali bem perto, menos de uma hora de caminho, ali já no Ribatejo.


Manuel e Paula lá foram percorrendo os sessenta e cinco km da A 1, que os separava da sua aldeia, Manuel conduzia o carro, já era noite, para primeira paragem foi feito um desvio, era preciso ir buscar a avó Maria Júlia, para e celebração da noite mais longa do ano, a noite de Natal, onde os reis eram os seus três bisnetos, que ficariam ansiosos pelo abrir das prendas colocadas junto do presépio, e aos pés da árvore de Natal.


Paula tinha colocado devidamente resguardado, o tabuleiro do cabrito no banco de trás, o porta bagagens ia com muitos sacos, ali ia mais direitinho.


A avó acomodou-se no lugar vazio ao lado do tabuleiro, faltava seis km para chegarem a casa da filha onde seria o jantar, e onde Paula certamente ainda iria ajudar a compor o resto do mesmo.


O Ribatejo charneca esconde algumas surpresas, charneca altos montes de pedra seca, que a cada curva e contracurva é sempre diferente, principalmente para quem não está habituado a conduzir, pode ser surpreendido.


Foi isso que aconteceu, Manuel não estava muito acostumado a conduzir por ali, principalmente de noite e já com uma densa neblina a descer dos montes, Paula apercebesse que ele não estava a levar em conta a próxima curva, a velocidade que seguia fazia crer que assim era, não a conseguiria fazer, mesmo num Mercedes bem seguro como era o caso.


Paula só teve tempo de gritar, “cuidado com essa curva” Manuel apercebeu-se do perigo, guinou de repente, conseguiu segurar o carro, reduzir, pois logo de saída tinha outra em contra curva, com a sua perícia, passou as duas.


Noite de Natal, quantas coisas destas e outras bem mais duras acontecem, aqui foi só o susto, enorme, estavam a três km do resto da viagem, os três intervenientes quase sem fala, de rente Paula reagiu, a avó Júlia… nem a via.


Chamou: Mãe onde está?


A velhota com oitenta e cinco anos, pouca mobilidade, tinha tombado, caiu meia em cima do tabuleiro do cabrito, o resto caída atrás do banco, coitada da avó Júlia, besuntada de cabrito, entalada no banco da frente, teve sorte, mesmo muita sorte, ela, a filha, e o genro.


Recuperados da acção lá seguiram viagem, ao chegar é que apreciaram melhor o acontecimento, do mal, o menos, nada sofrido, a avó estava bem, só foi preciso limpar as gorduras, e o mais importante na hora, organizar o jantar, estavam todos já com vontade ou desejos no jantar, na verdade o cabrito sofreu um entalão, mas não se queixou, continuava apetitoso, mas não ao jantar pois seguiam a tradição, ceia de Natal era bacalhau, o cabrito era só para o almoço do dia de Natal, que mal chegou na mesa foi o primeiro a ser devorado.


A noite de Natal foi bem passada, bem comida e saboreada, os presentes foram abertos logo que se deu luz verde á pequenada, antes de adormecerem, a felicidade reinou em tempo de Natal.


Agora fica a história contada, sendo este o meu conto de Natal, todas as vezes que se continua a passar naquela curva, passou a ser, a curva do cabrito, pelo menos para as três personagens que fazem parte da história.


Bom falta dizer ainda que, se vai mandar fazer uma placa para assinalar o local dizendo:


CURVA DO CABRITO


Deixando lá o nome, vai dar completa liberdade e imaginação a quem ler, assim nascerá uma lenda quem sabe! Em que cada um completa com a sua imaginação.






Autora LÍDIA FRADE


2 comentários:

  1. Amiga Lídia
    Esta história é bem digna de ser contada pois de uma situação que poderia ter sido muito grave, fez-se uma história caricata para desatarmos todos a rir ...
    Obrigada pelos momentos hilariantes que me provocou. Fico feliz por saber que nada aconteceu de mal aos intervenientes.
    Um bom Natal para si e todos os seus familiares.
    Um, beijinho da
    Lourdes Henriques.

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    1. É VERDADE QUERIDA LOURDES!!!

      PODIA MAS NÃO FOI...E NO MEIO DOS SUSTOS DA VIDA... DEVEMOS RETIRAR SEMPRE O LADO MAIS POSITIVO!!!
      A HISTÓRIA SEM O SUSTO E SEM A GORDURA DO CABRITO NA MISTURA...NÃO TERIA ASAS PARA VOAR COMO CONTO!!!
      NEM HISTORIA SERIA!!!|

      FELIZ NATAL!!!

      1 BEIJINHO LÍDIA

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