AS PORTAS QUE ABRIL ABRIU
RESPOSTA….
Às PORTAS QUE ABRIL ABRIU!
Continua a
ser país
Sem guerras,
ou dimensão
Apenas é
nossa raiz
E nosso
querer de coração
Beiras de
terra, ou beiras de mar
De sobredos
e enredos
Com os
mesmos socalcos e atalhos
Veredas que
nos dão medos
Sem
indústrias, sem trabalhos
Sem o verde
das searas
Dos montes
só as queimadas
De negro se
vestem enseadas
Nos rios já
não se miram
Mais… com
desespero se atiram
E se o
sustento retiram
Pagam caro…com
vida e ais
Não tendo
tempo para mais
Só têm uma
certeza
Não sabem,
nem vão comparar
Mas não ter…
com que comprar
Foi passado,
é o presente, foi pobreza
Mas continua
a ser tristeza.
Era uma vez
um país
Que de
longe, é nossa raiz
Que continua
a contar
O pão que
não tem para dar
Pelas ordens…
do não semear,
Que já não
vive algemado
Mas proibido
de pescar
Num país que
só tem mar
E tudo o que
o serve, confiscado
Parado, e
servilmente roubado.
Era e é, uma
vez um país
Onde as
minas se fecharam
Os olivais
se arrancaram
Os subsídios
se instalaram
Onde a
palavra explorado
Deixou de
ser, do desgraçado
Passou a
ser, do tributado
Que pode não
dormir com o gado
Mas corre o
risco de o ser
Confiscado,
despojado
Se não
chegou, seu contributo
Para os que
comem calados
Bem pode
ficar sem comer
Pense é no
que vai fazer,
Para não
ficar sem almoço
Pelo que
espera, o seu caroço
O cidadão integrado,
ou…subsidiado.
Era uma vez
um país
De tal
maneira explorado;
Foi nos
tempos do passado!?
E hoje digam
vocês!?
As multis
desapareceram
Sem motivo
ou explicações
Foram os
monstros que açoitaram
As hienas
que assaltaram, que roubaram
Sonhos e alegrias,
de muitos corações.
É desta vez
um país
Onde
desemprego é a chaga
Com idas e
vindas de esperas
Das esquinas
e das praças sem feras
Em Centro de
Empregos sem sonhos
Que o nosso
sol, ao despontar aquece
As filas, de
quem já se conhece
Este povo
desiludido e sem garra
Que já nem á
luta se amarra
Que já não
quer carregar,
As tais sete
pedras na mão,
Nem a
poesia, de uma pedra de lua
No lugar do
coração.
Nesta terra,
e neste chão
Já ninguém é
amigo, ou irmão
Não comem da
mesma ração
Não dormem
na mesma cama….
Nem comem do
mesmo pão
Mesmo que
assim seja o querer.
E já foi
chão que deu uvas
O antes
quebrar que torcer,
A fúria de
viver, está em todos males,
Neste país,
sempre a minguar
As
espingardas, estão em mãos erradas,
Dos livros,
com ou sem registos,
Cresceu um
país de doutores,
Que não
conhecem, terra, arado, ou enxadas.
E se
Portugal renasceu,
Assim
governou quem quis,
Passou sim,
por mãos estranhas
Sem
convencer a raiz,
Este povo
que se curvava,
E que vivia
infeliz,
Passou a
moldar suas manhas
Também quis,
ser burguesia
Acenaram-lhe
com notas
Com cartões
de mais valia
E se agora,
ninguém mais cerra,
As portas
que abril abriu,
Vão
aproveitar as rotas
Que a Europa
permitiu,
Vão ao
trabalho os ganhões
Por aqui…
nem vão sobrar as pensões,
Á pedreiros
sem patrões
E muitos que
nem profissões.
Que a
história, o irá contar
Não havia
estado novo
Nem portas
que Abril abriu
Nos poemas
de Camões,
Muito menos
a corrupção
Que nos vem
asfixiando,
Nem falou do
alçapão
Que nos vai
encurralando,
E neste país
de poetas
Nem Ary, se
ia lembrando,
Que as
portas que Abril abriu
Também nos
roubava metas
O progresso
nos fugiu
Na
juventude, são vidas incertas
E quem tudo
consentiu?
Quem tem o
poder na mão
Quem
enriquece e progride
Quem fez por
abrir canais
Onde escoa a
corrupção
Quem faz
ganhar aos milhares
Quem nada
faz, ou pouco mais
Os balofos
verbos de encher
Mafiosas
serpentes,
Lacaios
sorridentes,
De quem lhes
dá cobertura
Por ter
força do poder.
E as portas
que abril abriu
Caíram
apodrecidas
Viciadas,
inchadas, esvaídas,
Deixaram, de
haver fascistas
Mandam mais,
os agiotistas,
Mas este
povo está mole
Come piza… e
apanha sol,
Quem vai
lutar por um País?
Que é chão
nosso de raiz,
Onde a
indiferença é o mote,
Estamos entregues
á má sorte,
Uma alcateia
de cães danados
A que dão
tréguas desarmados
Alguns
ninhos de serpentes
Neste nosso
chão ardido
Onde não,
germinam sementes.
Sendo tempo
de mudar
Como nada é
linear
Num Estado
de confusões
O que o
futuro, nos vai dar
Serão uns
bons trambolhões.
Horas de
voltar á terra
Que é a
barriga da mãe
Hora de
voltar ao mar também,
E se houver
gente semente
Bem firme e
de boa casta,
Venham
todos, de todos, basta
Organizem-se,
e façam querer
Chegou o dia
de correr
Com a
escumalha organizada
Em seu
proveito, bem infiltrada,
Encostem-nos
á parede
Confisquem o
que roubaram
Ou por
engano que fosse
Levaram a
mais, não fosse
Outra vedeta
apanhar.
Publico
serviço, de amanhar,
Não duvidem,
Somos só nós,
que estamos a pagar
Agarrem… do
tomatal os tomates
Façam ataque
em remates
Voltem a
mesa redonda,
Sem discussão!!!
Já não vale,
tudo mesmo vai tombar,
Hoje… já nem
fazem promessas,
Foram armas,
de arremessas
Atiradas ao
calhar
Hoje ninguém
mais, vai acreditar.
escrito por LÍDIA FRADE
A MINHA HUMILDE RESPOSTA A ARY!!!
As Portas que Abril Abriu
José Carlos Ary dos Santos
"Obra poética"
Edições Avante 1975
Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais infeliz
dos povos à beira-terra.
Onde entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo se debruçava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.
Era uma vez um país
onde o pão era contado
onde quem tinha a raiz
tinha o fruto arrecadado
onde quem tinha o dinheiro
tinha o operário algemado
onde suava o ceifeiro
que dormia com o gado
onde tossia o mineiro
em Aljustrel ajustado
onde morria primeiro
quem nascia desgraçado.
Era uma vez um país
de tal maneira explorado
pelos consórcios fabris
pelo mando acumulado
pelas ideias nazis
pelo dinheiro estragado
pelo dobrar da cerviz
pelo trabalho amarrado
que até hoje já se diz
que nos tempos do passado
se chamava esse país
Portugal suicidado.
Ali nas vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
vivia um povo tão pobre
que partia para a guerra
para encher quem estava podre
de comer a sua terra.
Um povo que era levado
para Angola nos porões
um povo que era tratado
como a arma dos patrões
um povo que era obrigado
a matar por suas mãos
sem saber que um bom soldado
nunca fere os seus irmãos.
Ora passou-se porém
que dentro de um povo escravo
alguém que lhe queria bem
um dia plantou um cravo.
Era a semente da esperança
feita de força e vontade
era ainda uma criança
mas já era a liberdade.
Era já uma promessa
era a força da razão
do coração à cabeça
da cabeça ao coração.
Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
Esses que tinham lutado
a defender um irmão
esses que tinham passado
o horror da solidão
esses que tinham jurado
sobre uma côdea de pão
ver o povo libertado
do terror da opressão.
Não tinham armas é certo
mas tinham toda a razão
quando um homem morre perto
tem de haver distanciação
uma pistola guardada
nas dobras da sua opção
uma bala disparada
contra a sua própria mão
e uma força perseguida
que na escolha do mais forte
faz com que a força da vida
seja maior do que a morte.
Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
Posta a semente do cravo
começou a floração
do capitão ao soldado
do soldado ao capitão.
Foi então que o povo armado
percebeu qual a razão
porque o povo despojado
lhe punha as armas na mão.
Pois também ele humilhado
em sua própria grandeza
era soldado forçado
contra a pátria portuguesa.
Era preso e exilado
e no seu próprio país
muitas vezes estrangulado
pelos generais senis.
Capitão que não comanda
não pode ficar calado
é o povo que lhe manda
ser capitão revoltado
é o povo que lhe diz
que não ceda e não hesite
- pode nascer um país
do ventre duma chaimite.
Porque a força bem empregue
contra a posição contrária
nunca oprime nem persegue
- é força revolucionária!
Foi então que Abril abriu
as portas da claridade
e a nossa gente invadiu
a sua própria cidade.
Disse a primeira palavra
na madrugada serena
um poeta que cantava
o povo é quem mais ordena.
E então por vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
desceram homens sem medo
marujos soldados «páras»
que não queriam o degredo
dum povo que se separa.
E chegaram à cidade
onde os monstros se acoitavam
era a hora da verdade
para as hienas que mandavam
a hora da claridade
para os sóis que despontavam
e a hora da vontade
para os homens que lutavam.
Em idas vindas esperas
encontros esquinas e praças
não se pouparam as feras
arrancaram-se as mordaças
e o povo saiu à rua
com sete pedras na mão
e uma pedra de lua
no lugar do coração.
Dizia soldado amigo
meu camarada e irmão
este povo está contigo
nascemos do mesmo chão
trazemos a mesma chama
temos a mesma ração
dormimos na mesma cama
comendo do mesmo pão.
Camarada e meu amigo
soldadinho ou capitão
este povo está contigo
a malta dá-te razão.
Foi esta força sem tiros
de antes quebrar que torcer
esta ausência de suspiros
esta fúria de viver
este mar de vozes livres
sempre a crescer a crescer
que das espingardas fez livros
para aprendermos a ler
que dos canhões fez enxadas
para lavrarmos a terra
e das balas disparadas
apenas o fim da guerra.
Foi esta força viril
de antes quebrar que torcer
que em vinte e cinco de Abril
fez Portugal renascer.
E em Lisboa capital
dos novos mestres de Aviz
o povo de Portugal
deu o poder a quem quis.
Mesmo que tenha passado
às vezes por mãos estranhas
o poder que ali foi dado
saiu das nossas entranhas.
Saiu das vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
onde um povo se curvava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe.
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu.
Essas portas que em Caxias
se escancararam de vez
essas janelas vazias
que se encheram outra vez
e essas celas tão frias
tão cheias de sordidez
que espreitavam como espias
todo o povo português.
Agora que já floriu
a esperança na nossa terra
as portas que Abril abriu
nunca mais ninguém as cerra.
Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo do mês de Junho.
Quando o povo desfilou
nas ruas em procissão
de novo se processou
a própria revolução.
Mas eram olhos as balas
abraços punhais e lanças
enamoradas as alas
dos soldados e crianças.
E o grito que foi ouvido
tantas vezes repetido
dizia que o povo unido
jamais seria vencido.
Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo do mês de Junho.
E então operários mineiros
pescadores e ganhões
marçanos e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
souberam que o seu dinheiro
era presa dos patrões.
A seu lado também estavam
jornalistas que escreviam
actores que se desdobravam
cientistas que aprendiam
poetas que estrebuchavam
cantores que não se vendiam
mas enquanto estes lutavam
é certo que não sentiam
a fome com que apertavam
os cintos dos que os ouviam.
Porém cantar é ternura
escrever constrói liberdade
e não há coisa mais pura
do que dizer a verdade.
E uns e outros irmanados
na mesma luta de ideais
ambos sectores explorados
ficaram partes iguais.
Entanto não descansavam
entre pragas e perjúrios
agulhas que se espetavam
silêncios boatos murmúrios
risinhos que se calavam
palácios contra tugúrios
fortunas que levantavam
promessas de maus augúrios
os que em vida se enterravam
por serem falsos e espúrios
maiorais da minoria
que diziam silenciosa
e que em silêncio fazia
a coisa mais horrorosa:
minar como um sinapismo
e com ordenados régios
o alvor do socialismo
e o fim dos privilégios.
Foi então se bem vos lembro
que sucedeu a vindima
quando pisámos Setembro
a verdade veio acima.
E foi um mosto tão forte
que sabia tanto a Abril
que nem o medo da morte
nos fez voltar ao redil.
Ali ficámos de pé
juntos soldados e povo
para mostrarmos como é
que se faz um país novo.
Ali dissemos não passa!
E a reacção não passou.
Quem já viveu a desgraça
odeia a quem desgraçou.
Foi a força do Outono
mais forte que a Primavera
que trouxe os homens sem dono
de que o povo estava à espera.
Foi a força dos mineiros
pescadores e ganhões
operários e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
que deu o poder cimeiro
a quem não queria patrões.
Desde esse dia em que todos
nós repartimos o pão
é que acabaram os bodos
- cumpriu-se a revolução.
Porém em quintas vivendas
palácios e palacetes
os generais com prebendas
caciques e cacetetes
os que montavam cavalos
para caçarem veados
os que davam dois estalos
na cara dos empregados
os que tinham bons amigos
no consórcio dos sabões
e coçavam os umbigos
como quem coça os galões
os generais subalternos
que aceitavam os patrões
os generais inimigos
os generais garanhões
teciam teias de aranha
e eram mais camaleões
que a lombriga que se amanha
com os próprios cagalhões.
Com generais desta apanha
já não há revoluções.
Por isso o onze de Março
foi um baile de Tartufos
uma alternância de terços
entre ricaços e bufos.
E tivemos de pagar
com o sangue de um soldado
o preço de já não estar
Portugal suicidado.
Fugiram como cobardes
e para terras de Espanha
os que faziam alardes
dos combates em campanha.
E aqui ficaram de pé
capitães de pedra e cal
os homens que na Guiné
aprenderam Portugal.
Os tais homens que sentiram
que um animal racional
opõe àqueles que o firam
consciência nacional.
Os tais homens que souberam
fazer a revolução
porque na guerra entenderam
o que era a libertação.
Os que viram claramente
e com os cinco sentidos
morrer tanta tanta gente
que todos ficaram vivos.
Os tais homens feitos de aço
temperado com a tristeza
que envolveram num abraço
toda a história portuguesa.
Essa história tão bonita
e depois tão maltratada
por quem herdou a desdita
da história colonizada.
Dai ao povo o que é do povo
pois o mar não tem patrões.
- Não havia estado novo
nos poemas de Camões!
Havia sim a lonjura
e uma vela desfraldada
para levar a ternura
à distância imaginada.
Foi este lado da história
que os capitães descobriram
que ficará na memória
das naus que de Abril partiram
das naves que transportaram
o nosso abraço profundo
aos povos que agora deram
novos países ao mundo.
Por saberem como é
ficaram de pedra e cal
capitães que na Guiné
descobriram Portugal.
E em sua pátria fizeram
o que deviam fazer:
ao seu povo devolveram
o que o povo tinha a haver:
Bancos seguros petróleos
que ficarão a render
ao invés dos monopólios
para o trabalho crescer.
Guindastes portos navios
e outras coisas para erguer
antenas centrais e fios
dum país que vai nascer.
Mesmo que seja com frio
é preciso é aquecer
pensar que somos um rio
que vai dar onde quiser
pensar que somos um mar
que nunca mais tem fronteiras
e havemos de navegar
de muitíssimas maneiras.
No Minho com pés de linho
no Alentejo com pão
no Ribatejo com vinho
na Beira com requeijão
e trocando agora as voltas
ao vira da produção
no Alentejo bolotas
no Algarve maçapão
vindimas no Alto Douro
tomates em Azeitão
azeite da cor do ouro
que é verde ao pé do Fundão
e fica amarelo puro
nos campos do Baleizão.
Quando a terra for do povo
o povo deita-lhe a mão!
É isto a reforma agrária
em sua própria expressão:
a maneira mais primária
de que nós temos um quinhão
da semente proletária
da nossa revolução.
Quem a fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
um menino que sorriu
uma porta que se abrisse
um fruto que se expandiu
um pão que se repartisse
um capitão que seguiu
o que a história lhe predisse
e entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo que levantava
sobre um rio de pobreza
a bandeira em que ondulava
a sua própria grandeza!
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
e só nos faltava agora
que este Abril não se cumprisse.
Só nos faltava que os cães
viessem ferrar o dente
na carne dos capitães
que se arriscaram na frente.
Na frente de todos nós
povo soberano e total
que ao mesmo tempo é a voz
e o braço de Portugal.
Ouvi banqueiros fascistas
agiotas do lazer
latifundiários machistas
balofos verbos de encher
e outras coisas em istas
que não cabe dizer aqui
que aos capitães progressistas
o povo deu o poder!
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe!
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu!
POEMA ARQUIVO RTP
IMAGEM GOOGLE
POR LÍDIA FRADE
Minha querida
ResponderEliminarDas portas que Abril abriu nem resta uma nesga, voltamos à escuridão mais profunda à miséria mais triste, sem pão e sem saída.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
OBRIGADA QUERIDA ROSA SONHADORA!!!
EliminarPELA VISITA, PELO COMENTÁRIO ADAPTADO Á REALIDADE, TAL COMO O QUE ESCREVI!!!
1 BEIJINHO AMIGA!!!
LÍDIA
Olá amiga Lídia
ResponderEliminarParabéns pela EXCELENTE E OPORTUNA RESPOSTA ao poema de Ary.
Na realidade Abril abriu umas portas que poderiam ter conduzido ao caminho a Felicidade e da Paz, mas infelizmente parece que o caminho muito cedo perdeu os cravos e passou a ter no seu lugar espinhos e catos. Será que se vai conseguir exterminar essa Praga?
Adorei.
Beijinhos da
Lourdes.
Obrigado Lourdes
EliminarPor mais este comentário de amizade!!!
Na verdade encontrei numa pesquisa este trabalho do ARY e apeteceu-me escrever esta resposta para mostrar que passados tantos anos estamos a viver as dificuldades quase antepassadas, e podemos escrever sobre a politica e temos muito a dizer, a reclamar, como o fez ARY.
beijinhos Lídia
Dois excelentes poemas....
ResponderEliminarCumprimentos
OBRIGADO FERNANDO!!!
EliminarBOM FIM DE SEMANA!!!
1 BEIJO LÍDIA
Lídia querida um poema resposta a Ary dos Santos, que ele teria gosto de ter lido.
ResponderEliminarUm poema muito bom
Parabéns amiga!
Beijinhos
Dulce
QUERIDA DULCE
EliminarOBRIGADO PELA VISITA!!!! OBRIGADO PELA LEITURA!!! OBRIGADO PELO COMENTÁRIO!!!
1 BEIJINHO AMIGO
LÍDIA