MAIS UMA CRIAÇÃO MINHA DE QUE MUITO ME ORGULHO NA MINHA HORTINHA DA CASINHA RIBATEJANA!!!
MINHA NOITE, MEU DIA
RIBATEJO
Rolando na estrada atenta
Desfaço a distância que resta
Da minha casinha modesta
Na aldeia, que espera e acalenta
Meus sonhos de um dia voltar
Que hoje eu procuro acertar
Num dia de folga, apenas
Faço acrescentar o meu tempo
Na noite que oferece mecenas
Ao meu descansado alento,
Já noite, a reconfortante calma
Do pequeno quarto, onde me deito.
E quando desperto renovada, como a aurora,
Onde escuto os cães vadios,
Guardiões do nada em alerta,
Refletem os movimentos,
Anunciam, a manhã que desperta,
Com um incessante pilpirrear, em crescente
Dos passaritos, que saúdam quem lá mora
Ali por perto, as rolas nas oliveiras,
Me encantam com seu arrulhar
E na saudade, deste meu estar ausente
Eu vou pensando, saboreando,
Cada momento do presente,
Eu vou apreciando a minha vida,
E tudo o que nela conto, nesta hora.
Um pouco mais, e já o sol está a raiar
Um pouco mais, já eu me vou levantar
Abrindo as minhas portas, par a par
Eu olho o céu, saúdo a minha manhã
As minhas plantas do quintal, eu vou espreitar
Nas orvalhadas, refresco-me em vida sã
Com as minhas mãos na terra,
Arranco urtigas, e muitas ervas daninhas,
Que crescem assim sem parar.
Meus lírios brancos floriram,
Mostrando o chegar, de radiosa primavera,
E as minhas camélias brilhando,
Entre gotas e pérolas de orvalho,
Na linda cor, de rubra e madura romã,
Voam as flores dos pessegueiros,
Voando… como se fossem leve quimera.
Giestas, alecrins e rosmaninhos,
Entregam-se, ás abelhas em seu afã
Os legumes, em canteiros alinhados,
Crescem, em cada semana a passar,
Amadurecem, pelos meus carinhos afagados.
E mal começou, ou bem começou meu dia,
Em pequeno-almoço de doces aromas
Nos pequenos mimos, de um dia especial
Na saudação a quem está próximo, em alegria
Ou alguém anónimo, encontrado ao caminhar,
Nas fotos que se fazem, para um dia recordar.
Já a fogueira que se ateia, para o churrasco fazer,
Com a mesa no alpendre, para ali mesmo comer
Os tomates e alfaces, ainda na terra a crescer
No meu quintal de regalos, que eu olho com prazer.
O repasto de um almoço, bem diferente e prazeroso,
Onde se integra a diferença, de mais sabor e odor
Onde o descanso da sésta, e num relaxe amoroso
Vai chegando a tarde calma, em passeio de namoro
Vai assim fugindo a folga, no seu sentido valor
Chega a hora de pensar, no regresso á cidade
Já são horas do jantar, pois já está a anoitecer
Hora ainda para pensar, sentindo alguma vaidade.
E nesta avaliação total, pode até haver cansaço!...
A fasquia ficou alta, de tudo o que quero fazer
São dias num caminhar, atrás de um, outro passo
Atrás da noite, outro dia, vivido com muito prazer.
Lídia Frade
Que lindas "velharias"...Adorei e aquela mosca achei muito legal! Não tinha visto assim! bjs, chica
ResponderEliminarOBRIGADO MINHA QUERIDA!!!
ResponderEliminarGRANDE BEIJINHO!!!
LÍDIA
Adoro essas velharias!
ResponderEliminarBom gosto na sua exposição.
O poema é lindo!
Biejinhos,
Ailime
OLÁ AILIME
EliminarOBRIGADA PELA VISITA, SÓ AGORA E UM MÊS DEPOIS VI QUE NÃO TINHA AGRADECIDO AS SUAS AMIGAS PALAVRAS.
DEIXO UM BEIJINHO LÍDIA