FOI-NOS PROPOSTO UM TEMA, COMEMORAÇÕES DOS 40 ANOS DO 25 DE ABRIL, COMEMORANDO IGUALMENTE O DIA MUNDIAL DA POESIA!!!
RESPOSTA….
PARA ARY DOS SANTOS
ÀS PORTAS QUE ABRIL ABRIU!
Continua a ser país
Sem guerras,
ou dimensão!
Apenas é
nossa raiz
E nosso
querer de coração
Beiras de
terra, ou beiras de mar
De sobredos
e enredos
Com os
mesmos socalcos e atalhos
Veredas que
nos dão medos,
Sem
indústrias, sem trabalhos
Sem o verde
das searas
Dos montes
só as queimadas,
Que de negro
se vestem enseadas.
Nos rios já
não se miram…
Mais… com
desespero se atiram
E se o
sustento lhe retiram
Pagam caro…com
vida e ais,
E não tendo
tempo p,ra mais,
Hoje só têm
uma certeza!
Não sabem…
nem vão comparar!
Mas não ter…
com que comprar
Foi passado,
é o presente, foi pobreza
Mas continua
a ser tristeza.
Era uma vez
um país
Que de
longe, é nossa raiz
Que continua
a contar
O pão que
não tem para dar
Pelas
ordens… do não semear.
Que já não
vive algemado
Mas proibido
de pescar
Num país que
só tem mar
E tudo o que
o serve, confiscado
Parado, e
servilmente roubado.
Era e é, uma
vez um país
Onde as
minas se fecharam
Os olivais
se arrancaram
Os subsídios
se instalaram
Onde a
palavra explorado
Deixou de
ser, do desgraçado
Passou a
ser, do tributado
Que pode não
dormir com o gado
Mas corre o
risco de o ser
Confiscado,
despojado
Se não
chegou, seu contributo
Para os que
comem calados !!!
Era uma vez
um país
De tal
maneira explorado;
Foi nos
tempos do passado!?
E hoje?....
digam vocês!?
As multis
desapareceram
Sem motivo
ou explicações
Foram os
monstros que açoitaram
As hienas
que assaltaram, que roubaram
Sonhos e alegrias,
e pulsar de muitos corações.
É desta vez
um país
Onde
desemprego é a chaga
Com idas e
vindas de esperas
Das esquinas
e das praças sem feras
Em Centro de
Empregos sem sonhos
Onde o nosso
sol, que ao despontar aquece
As filas… de
quem já se conhece
Este povo
desiludido e sem garra
Que já nem á
luta se amarra
Que já não
quer carregar,
As tais sete
pedras na mão,
Nem a
poesia,
De uma pedra
de lua
No lugar do
coração.
Nesta terra,
e neste chão
Já ninguém é
amigo, ou irmão
Não comem da
mesma ração
Não dormem
na mesma cama….
Nem comem do
mesmo pão,
Mesmo que
assim seja o querer
Aqui… já foi
um chão que deu uvas
Do antes
quebrar que torcer,
Já fúria de viver,
Neste país,
sempre a minguar
De espingardas
em mãos erradas
Doutores…que
o são…. a favores,
Que não
conhecem terra, o arado, ou enxadas.
Se Portugal
renasceu
Também
governou quem quis!
Passou assim,
por mãos estranhas
Sem
convencer a raiz,
Este povo
que se curvava,
E que vivia
infeliz,
Passou a moldar
suas manhas
Também quis,
ser burguesia
Acenaram-lhe
com notas
Com cartões
de mais valia
E se agora,
ninguém mais cerra,
As portas
que abril abriu,
Vão
aproveitar as rotas
Que a Europa
permitiu,
Vão ao
trabalho os ganhões
Por aqui…
nem vão sobrar as pensões,
Á pedreiros
sem patrões
E muitos que
nem profissões.
Que a
história… o irá contar!
E neste país
de poetas
Nem Ary, se
ia lembrando,
Que as
portas que Abril abriu
Também nos
roubava metas
O progresso
nos fugiu
Com
juventude, são vidas incertas
E tudo se consentiu.
E as portas
que abril abriu
Caíram
apodrecidas
Viciadas,
inchadas, esvaídas,
Deixaram, de
haver fascistas
Mandam mais,
os agiotistas,
Mas este
povo está mole
Come piza… e
apanha sol!
Quem vai
lutar por um País?
Que é chão
nosso de raiz,
Onde a
indiferença é o mote,
Estamos
entregues á má sorte,
Uma alcateia
de cães danados
A que dão
tréguas desarmados
Alguns
ninhos de serpentes
Neste nosso
chão ardido
Onde não,
germinam sementes
Num Estado
de confusões,
O que o
futuro nos vai dar
Serão uns
bons trambolhões.
São horas de
voltar á terra
Que é a
barriga da mãe
Hora de
voltar ao mar também,
E se houver
gente semente
Bem firme, e
de boa casta,
Venham
todos, de todos, basta
Organizem-se,
e façam querer
Chegou o dia
de correr
Com a
escumalha organizada
Hoje… já nem
fazem promessas,
Pois foram
armas, de arremessas
Atiradas ao
calhar
Hoje ninguém
mais, vai acreditar.
POEMA DE LÍDIA FRADE
Lindíssimo este poema, acho que o Ary ia gostar também. :)
ResponderEliminarBjinhos e Boa escrita ((*_*))
Obrigado querida Céci!!!
Eliminarè com grande gosto que a vejo por aqui assinalando a sua passagem comentada!!!
No poema tentei responder e comparar as atualidades!!!
1 beijinho Lídia
Parabéns amiga Lídia pelo excelente poema!
ResponderEliminarGrande poema, grande poetisa!
Beijinhos.
Lourdes Henriques.
Olá amiga Lourdes!!!!
EliminarQue prazer ver a sua passagem assinalada por aqui no meu espaço!!!!
Na verdade será um grande poema em toda a sua extensão, mas o poema do Ary que é ainda maior, merecia esta resposta bem composta na atualidade politica e social que estamos atravessando!!!!
1 beijinho amiga e volte sempre!!!
Lídia
Excelente poema...
ResponderEliminarCumprimentos
Obrigado Fernando!!!
EliminarCumprimentos retribuidos!!!
Todo o sentimento contido, num eloquente e belo poema...Parabéns, Lídia!
ResponderEliminarUm abraço, bem brasileiro,
da Lúcia
QUERIDA LÚCIA OBRIGADO!!!
EliminarPELA GENTILEZA E SUA ASSINALADA VISITA!!!
1 BEIJO LÍDIA
Lidia fico honrado por ter como seguidora uma conterrânea , sou ribatejano mais precisamente do Couço. E como também faz poemas, se desejar visite o outro blog é de poemas, mas são poemas Cristãos. Gostei também deste poema, mas sinceramente não me ajeito a fazer poemas mudos, parece que não consigo expressar o que sinto. Bjinhos.
ResponderEliminarPeregrino E Servo.
ANTÓNIO É UM GRANDE GOSTO TAMBÉM RECEBE-LO POR AQUI!!!
EliminarAQUI TENHO AGORA PUBLICADO POUCO POIS NÃO TENHO TIDO TEMPO PARA FAZER FOTOS QUE MEREÇAM OU ESCREVER ALGO DE INTERESSANTE, TENHO ESTADO ABSORVIDA NO TRABALHO, E DEPOIS O INVERNO É INIMIGO DOS PASSEIOS MESMO QUE PEQUENOS!!!
VOLTE SEMPRE, 1 BEIJO
LÍDIA