RECORDAÇÕES
Recordo os
pássaros
Chilreando nos
salgueiros
E o vibrante
cantar das rãs
Na corrente
lenta dos regueiros.
E chapinhar
descalça, livremente
Na água límpida
da rega
Que corria
docemente.
Recordo…
A música suave,
tocada pelas brisas
Na folha das
caneiras
E o brincar às
casinhas
Sob a grande
copa das nespereiras.
Recordo ainda,
quando subia a cada árvore
Ofegante de
ansiedade
Escalando o ramo
mais alto
Sentir total
liberdade.
Apanhar a fruta
fresca,
Que mais me
fosse de agrado
Comê-la ali,
reluzente e sumarenta,
Que prazer, só
hoje valorizado.
Lídia Frade
Foi aqui nesta fazenda que nasci, hoje tem uma entrada mais sofisticada, descendo esta estrada e no mesmo lugar onde se pode ver um pouco de uma vivenda de dois pisos, estava uma casinha branquinha, baixinha, onde nasci.
Hoje a fazenda que na época era um paraíso, os terrenos que eram todos semeados, cavados, onde se criava tudo, que por sua vez minha mãe vendia na praça de Santarém, agora só pinheiros e outros arbustos crescendo selvaticamente.
Esta uma foto feita a alguns km de distancia, tendo algumas casas do Reimão, Fontainhas, um pouco mais ainda no fundo longínquo com cerca de 7 km alguns prédios de Santarém.
A FAZENDA, ONDE
VEIO A LUZ AO MUNDO
Era aquela a
fazenda, ONDE VEIO A LUZ AO MUNDO, era linda, e Dalila tinha um grande orgulho
de ter ali nascido, não era de terrenos planos, antes pelo contrário, mas
parecia um livro que se abria, ilustrado pelo maior dos artistas.
Ali em Ponte do
Celeiro, nome atribuído por na entrada da povoação haver uma ponte sobre a vala
de Asseca, ali de passagem para a Ponte da Asseca.
Junto da mesma
ponte havia uns celeiros para guardar os cereais cultivados ali pelos pauis circundantes,
e assim nascia a Ponte do Celeiro entre vales e montes, salgueiros e caneiras,
pinheiros carrascos e aroeiras, casas ou casais dispersos.
Para Dalila
aquele era, e será sempre, um lugar de eleição dentro do seu coração, por tudo
o que lá viveu, com pessoas que muito amou e ama, porque lá cresceu, e aprendeu
a amar cada pedaço daquela fazenda, e era realmente um paraíso terreno, que guardou
para sempre no seu coração.
A FAMÍLIA
Era a fazenda do
bisavô Luís Môco, que Dalila não conheceu e que, ali na época, era já do Isidro
do Luís Môco, seu tio-avô, que vivia em metade com a sua família, e da avó
Joaquina do Luís Môco, mãe de Julieta que ali vivia também, e onde fez
continuidade da sua família.
Contudo apesar de
a fazenda ser herança da avó Joaquina, Dalila sempre ligou mais o local à
figura do avô Zé Franquinho, avô materno, não por alguma vez o ver trabalhar na
fazenda. Ele era até uma pessoa frágil e tinha contraído alguns anos atrás a
doença da tuberculose, esteve num sanatório em tratamento, mas na época a cura
era difícil, e a doença dominava sempre o percurso de vida.
Para além desse
facto e porque era uma figura que sempre impressionou Dalila ao longo dos anos,
pela sua postura, elegância, sempre impecavelmente vestido, diferente dos outros
homens, sem ser com roupa de cotim, como normalmente andavam vestidos todos os
trabalhadores da aldeia, era o avô que melhor conheceu, o seu avô Zé.
Depois a avó
Joaquina pegou logo ao colo Dalila assim que veio ao mundo, que lhe ouviu os
primeiros gritos, o primeiro choro de luta pela sobrevivência, forçados como
ela lhe contava, foi a primeira neta, e a primeira filha, e a primeira menina
na família, já havia dois rapazes primos e já bem crescidos, filhos da sua tia
Ermelinda.
POESIA, TEXTO E FOTOS, LÍDIA FRADE
Poesia,texto e fotos *****.
ResponderEliminarAbraço.
OBRIGADO MARQUES!!!
EliminarPELA SUA ATENÇÃO AOS MEUS TEMPOS PERDIDOS.... AQUI REFLECTIDOS!!!
1 BEIJO LÍDIA
Um poema repleto de lembranças e beleza.Parabéns.Beijos
ResponderEliminarOI PIMENTEL!!!
EliminarAGRADEÇO A SUA VISITA, SUA LEITURA E ATENÇÃO COMENTADA!!!
1 BEIJO LÍDIA
Texto, poema e fotografias excelentes. A saudade de outros tempos, tempos de magia e felicidade.
ResponderEliminarBom fim de semana
Beijinhos
Maria
OS MEUS AGRADECIMENTOS MARIA!!!
EliminarÉ SEMPRE UM GRANDE PRAZER VER A SUA VISITA, ASSIM COMO AVALIAÇÃO COMENTADA!!!
DESEJOS TAMBÉM DE BOM FIM DE SEMANA!!!
1 BEIJINHO LÍDIA
QUERIDA MARIA!!!
EliminarJÁ TINHA POR AQUI DEIXADO A MINHA RESPOSTA, O MEU AGRADECIMENTO PELA VISITA, CONTUDO VERIFICO AGORA QUE NÃO FICOU POSTADO, E MUITO MENOS CHEGOU ATÉ SI!!!
OBRIGADO DEIXO UM GRANDE BEIJO!!!
BOM DOMINGO!!!
LÍDIA
Foi tão bom esse tempo de criança. Também eu sinto saudades dele. Gostei, gostei, gostei...beijinhos
ResponderEliminarQUERIDA MARIA!!!
EliminarQUE BOM LER VER A SUA SATISFAÇÃO PELA VISITA!!!
IGUAL É MINHA ALEGRIA VER QUE VEIO ATÉ AO RIBATEJO, AINDA QUE POR LOCAIS MAIS DESCONHECIDOS!!!
1 BEIJINHO AMIGA!!!
LÍDIA
Olá Lídia boa tarde,
ResponderEliminarQuero agradecer-lhe a sua visita e palavras tão elogiosas que me deixou!
Quem lhe dá os Parabéns sou eu, porque além de excelente poetisa, tem uma belíssima prosa e as fotos lindas!
Emocionei-me ao ler o que escreveu, porque me recordou tempos passados da minha infância em local do Ribatejo, junto ao Tejo a caminho da Beira:)), onde nasci.
Voltarei e vou acrescentá-la na minha lista.
Beijinhos,
Ailime
OLÁ AILIME!!!
EliminarÉ GRANDE O MEU PRAZER VER A SUA PASSAGEM POR AQUI!!!
NESTE MEU ESPAÇO, CHEIO DAS MINHAS SIMPLICIDADES!!!
OBRIGADO PELAS SUAS PALAVRAS ELOGIOSAS, CHEIAS DE SIMPATIA!!!
VOLTE SEMPRE QUE PODER, OU QUISER!!!
DEIXO UM BEIJINHO!!!
ATÉ SEMPRE!!!
LÍDIA
O Ribatejo sempre em mente as recordações na memória e o poder da escrita, deixaram-me ler um belíssimo trabalho, onde não faltaram as boas e bonitas fotografias.
ResponderEliminarO meu abraço de parabéns, Lídia!
Cremilde
OLÁ QUERIDA CREMILDE!!!
EliminarFIQUEI MUITO FELIZ PELA VISITA ASSINALADA, AQUI NO MEU ESPAÇO RIBATEJANO!!!
POIS ESTE É MESMO SÓ RIBATEJO, E MAIS RIBATEJO!!!
PARA OS ASSUNTOS MAIS GLOBAIS PODEM ENTRAR NO HOBBY DILAILASILVEX.
OBRIGADO PELO COMENTÁRIO ELOGIOSO AO MEU TRABALHO, COM O MAIOR RIGOR E SABER!!!
1 BEIJINHO LÍDIA